Contexto
Se está procurando um jogo de exploração nas selvas da América Central em busca de templos perdidos e tesouros, Tikal é o seu jogo! Em Tikal, vocês enviam sua equipe de exploradores para a selva, descobrindo novos terrenos, Templos e tesouros, mas tudo isso tem um preço. É uma mistura de tensão, sorte e estratégia, elementos perfeitos para um bom jogo.
Este é o cenário de Tikal! Chefie novas escavações arqueológicas em uma parte ainda inexplorada de Tikal, descubra novos Templos, seus andares, encontre tesouros fabulosos, revivendo assim a grandeza da civilização Maia, afinal, há tesouros enterrados há mais de 1000 anos. E aí, bóra explorar Tikal?
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Curiosidades sobre Tikal
Tikal está situado atualmente no interior da densa selva do norte da Guatemala, em pleno coração da América Central. Os Maias o ocuparam do ano 600 a.C. até o ano 900 a.C., mas pouco se sabe ainda sobre os 1500 anos de história de seu povo. Atualmente uma pequena parte deste sítio foi explorada pelos arqueólogos. As muitas descobertas e a importância deste sítio fizeram com que o Parque Nacional de Tikal fosse inscrito desde 1979 como Patrimônio Mundial pela UNESCO.
O sítio apresenta centenas de construções antigas significativas. Os edifícios sobreviventes mais proeminentes incluem seis grandes pirâmides de plataformas que apoiam templos nos seus topos. Pois é, veja onde você está jogando! Não é fantástico?
Dados do jogo
Tikal é um board game com mecânicas de colecionar componentes, colocação de peças, controle/influência de área, leilão, sistema de pontos de ação e tabuleiro modular. É altamente estratégico, apesar de usar a sorte para a retirada de tiles de exploração. É também altamente competitivo, pois quando menos se espera pode vir uma contagem de pontos e se você não estiver preparado pode se dar mal. Vai de 2 a 4 jogadores, com idade mínima de 14 anos. O objetivo é acumular pontos de prestígio durante as 4 ocasiões de pontuação.
Os designers de Tikal são Michael Kiesling e Wolfgang Kramer, com artes de Franz Vohwinkel, Mariusz Gandzel, Paul Mafayon e Christophe Swal. O tabuleiro é lindo e as peças em resina dão um charme especial à Tikal. Não é a toa que vem acumulando prêmios e indicações desde 1999, vencedor do Prêmio de Melhor Jogo Familiar/Adulto, nomeado o Jogo do Ano e vencedor do Jogo do Ano, todos esses 3 em 1999 na Alemanha. Em 2000 ganhou o Prêmio de Jogo Internacional de Estratégia Multiplayer, em 2004 foi nomeado o Jogo do Ano e finalizando em 2017, quando foi finalista a Jogo do Ano. No Brasil ele veio pela Conclave.
Cenário
A selva ainda está inexplorada do vasto sítio de Tikal, há uma clareira aberta por onde você, o chefe da expedição e seus exploradores iniciarão a busca por novas descobertas e com isso, ganhar prestígio. Mas nem tudo é tão simples assim em Tikal, atravessar de uma área à outra pode demorar demais ou até nem ser possível, fazendo com que você e seus exploradores tenham que dar uma volta enorme.
Haverá áreas com tesouros, que depois de descobertos, poderão servir de acampamento como uma clareira. Há perigosos vulcões que só fazem atrapalhar seu caminho, tendo que dar a volta por eles, ou seja, desafios de uma expedição de fato! Esse é Tikal!
Jogando
Em Tikal todos os exploradores começam na mesma área comum, ou melhor, no acampamento base, do qual se avistam 2 Templos e uma clareira. Lá está você, o chefe da expedição com seus carros, equipamentos, e seus 18 exploradores, munido com a possibilidade de ter mais 2 acampamentos selva à dentro.
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No seu turno você descobrirá uma nova área, ou seja, pegará um tile da pilha de tiles previamente embaralhada, por isso o fator sorte, e o colocará no tabuleiro. Mas então é só pegar um tile e posicionar, simples assim? Claro que não, Tikal já se mostra estratégico desde a primeira rodada. Há regras para a colocação desses tiles, no mínimo, ele tem que ter conexão com um dos tiles já existentes, ou seja, não pode ser isolado.
Mas ainda assim fica fácil! Nada disso, meu jovem! Eu avisei que a estratégia contaria muito, então vamos a ela! Cada tile hexagonal tem pedras que servem de conexão com os demais tiles, isso simboliza quantas ações você gastará para entrar nesse local, ou seja, hora de tomar decisões. Se você deseja entrar nesse local brevemente, melhor escolher um lado do hexágono que não lhe dificulte tanto a passagem, ou seja, com menos pedras possíveis. Agora, se não tem intenção de pelo menos em curto prazo ir para esse local, ou se não tem exploradores próximos para chegar nesse local rapidamente, melhor dificultar a vida dos oponentes, pois eles podem chegar antes e fazer descobertas incríveis lá antes de você.
Bem, após posicionar seu tile é hora de explorar a área, para isso você tem 10 pontos de ação para gastar entre muitas opções: agora a tática e a estratégia pegam pesado, o que fazer e em que ordem para ser mais proveitoso? Hora de colocar os neurônios para fritar!
Você pode colocar um novo explorador no jogo, mover um explorador de um acampamento para outro, mover entre as localidades adjacentes, desobstruir um novo andar de um Templo, desenterrar um tesouro, trocar um tesouro, sim, acredite, você pode aproveitar uma bobeira do seu oponente e trocar um tesouro seu pelo dele, pode também instalar um novo acampamento ou reivindicar um Templo, colocando um guardião sobre ele.
Ok, mas isso não é tão difícil assim! Concordo! Nem é para ser! O fato é que se as ações não forem feitas na ordem correta, ou na ordem lógica, podem se tornar improdutivas, por isso pensar muito bem o seu turno faz todo o sentido. Ficar de olho no posicionamento e na quantidade de exploradores oponentes se faz mais necessário ainda. Isso ditará as ordens do seu turno.
Tudo bem, eu escolho a ordem lógica e resolvo tudo! Ainda não! Cada ação que eu citei tem um custo diferente, aí está a graça de Tikal. Inclusive, algumas ações tem um limite de vezes que podem ser executadas no seu turno. Olha como tudo deve ser friamente calculado! É estratégia em cima de estratégia! Perceba, desobstruir um andar no Templo dá mais trabalho que simplesmente se mover entre as áreas, desenterrar um tesouro, mais trabalho ainda, instalar um acampamento todo equipado nem se fala, o trabalho que isso dá, e deixar um guardião sobre um Templo, mas difícil ainda. Então tudo deve ser calculado.
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Tudo bem, agora tudo está claro! Então se programam as ações, faz sua estratégia e tudo corre bem, correto? Não! Pois é, Tikal é realmente surpreendente! Vamos lá! Para reivindicar um Templo, ou colocar um guardião lá, você tem que ter a maioria de exploradores na área, mas também não é simples assim. Quando um guardião vai para o topo do Templo, os demais vão embora. Isso mesmo, saem do jogo, ou seja, calcule bem, pois você tem um número limitado de exploradores para ficar desperdiçando mão-de-obra!
E mais, cada explorador tem valor 1, e você como chefe da expedição tem valor 3 na contagem de maioria. É primordial saber onde você estará durante a exploração, tem que estar no local certo e na hora certa! Não mencionei ainda, mas você só pode ter no máximo 2 guardiões ativos, ou seja, escolha bem os Templos que deseja que fiquem sob sua guarda, pois são apenas 2 e nada mais.
Como se tudo isso ainda não bastasse, entram em cena os vulcões! Pois bem, eles na verdade só atrapalham, pois são áreas em que não se pode adentrar nem passar sobre eles, mas eles têm uma função além de tornar seu caminho mais longo, a de disparar a contagem de pontos. Sim, essa hora chega! Após o vulcão aparecer é a hora que Tikal se torna frenético, pois você pode executar suas 10 ações da melhor forma e aí sim contar seus pontos. O que isso significa? Significa que é sua chance de correr atrás de ser a maioria nos locais que mais pontuam, de ter um guardião, de otimizar o seu turno da melhor forma possível e depois pontuar. Assim será com seus oponentes. Essa hora é muito legal, e acontece 3 vezes durante o jogo.
Dicas estratégicas
Tikal é um jogo de controle de área, sim, ele tem mais mecânicas, excelentes inclusive, mas saber ter controle de área é fundamental e dita o ganhador do jogo na maioria das vezes. Digo isso pois quando os vulcões aparecem e disparam as pontuações, se estiver com seus exploradores espalhados por Tikal, seu trabalho será de juntá-los e você perderá muitas ações com isso, sendo que poderia fazer outras coisas mais produtivas.
Escolher também em qual Templo irá se tornar guardião faz todo o sentido, pois tem que unir quantidade de exploradores e altura do Templo. Nem sempre isso é possível, mas uma boa leitura de jogo o faz estar ao menos próximo de um Templo que vale a pena ser disputado com o menor prejuízo de exploradores possível, lembrando que eles saem do jogo após a conquista do Templo.
Ter um 2º acampamento bem posicionado é muito importante, pois note que você pode ir de um acampamento à outro com 1 ação apenas. Ter esse acampamento no meio do jogo posicionado estrategicamente lhe poupa muitas ações e permite uma maior mobilidade de seus exploradores.
E por último e não menos importante, saber onde posicionar os tiles, fazer a leitura de Tikal e saber onde seus exploradores estão e onde os exploradores dos oponentes estão faz todo o sentido, para não facilitar a vida deles e nem prejudicar a sua. Tikal é muita estratégia!
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Fim do jogo
Após os 3 vulcões aparecerem, ou seja, após 3 contagens de pontos e quanto não houver mais tiles para colocar no tabuleiro, há uma última contagem de pontos, a derradeira! Novamente cada jogador executa seus 10 pontos de ação da melhor forma possível, pois não haverá outra chance, é a última hora de sacanear o oponente, lotando de exploradores aquele local que ele deseja, assim no turno dele ele não terá muitos exploradores naquela área, ou terá que fazer uma manobra tal para tentar pontuar aquela área.
Gameplay de Tikal
Onde achar o jogo
Este é Tikal, um jogo muito, mas muito estratégico, cheio de escolhas, decisões difíceis e exige uma leitura do tabuleiro o tempo todo. Recomendo Tikal na sua coleção!
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