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Opinião

Modern: 10 Cards de Legacy que podem entrar no formato com MH3

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No artigo de hoje, separamos dez cards do Legacy que poderiam adentrar no Modern com MH3 e cinco cards cuja inserção não seria benéfica para o formato!

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revisado por Tabata Marques

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Modern Horizons 3link outside website se aproxima, e junto de diversos cards novos e exclusivos para os formatos eternos de Magic, a expansão pode trazer também alguns reprints ou versões adaptadas de cards ou habilidades que são ou já foram staples do Legacy ou Vintage para o Modern - por exemplo, com a inserção de mágicas como Counterspell ou Cursed Totem, das quais afetaram bastante o Metagame competitivo.

Enquanto ainda não temos muitas informações sobre o seu power level ou o que podemos esperar em termos de mecânicas e habilidades, só podemos especular sobre quais cards presentes e relevantes nos outros formatos podem adentrar ao Modern e fazer a diferença.

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Neste artigo, apresentamos dez cards do Legacy que possuem a possibilidade ou potencial de surgir em Modern Horizons 3 para atender às demandas do atual cenário competitivo, alavancar estratégias pouco populares hoje ou até habilitar novos arquétipos e propostas para o formato!

5 Cards que o Modern Não Precisa

O debate em torno de cards que podem adentrar no Modern é bem extenso e possui uma lista extensa de opiniões sobre quais adições seriam benéficas ou prejudiciais para o Metagame.

Abaixo, estão cinco cards dos quais considero que a adição não traria bons resultados para o equilíbrio e saúde do formato.

Wasteland

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Wasteland é o maior limitador de bases de mana gananciosas do Legacy e basicamente um “fun check” do formato perante estratégias multicoloridas, das quais conseguem prevalecer no Metagame atual, mas sob concessões pesadas de deckbuilding.

O Modern, hoje, tem uma gama significativa de arquétipos com alta dependência de terrenos não-básicos para funcionar - Domain Zoo, Amulet Titan, Tron, Mono Black Cofres e os decks de Indomitable Creativity são apenas alguns dos que mais seriam afetados pela inserção de Wasteland, e a mera existência deste terreno trivializaria a viabilidade de diversos outros ciclos presentes no formato e motivaria jogadores a manter-se com bases de mana modestas.

Além disso, a presença de Wasteland no formato faria com que o Modern ficasse próximo demais do Legacy, sob o risco de perder seu senso de identidade pela inserção de um dos principais pilares do formato mais velho.

Back to Basics

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Back to Basics é amplamente comparado com Blood Moon e comumente tratado como uma variante azul do ciclo de “hate” de terrenos não-básicos, com prós e contras distintos do encantamento vermelho.

Só que, além da presença de outro card na lista de inclusões que já trabalha com a disrupção de mana, Back to Basics priva jogadores dos seus recursos de maneira um pouco mais agressiva que Blood Moon, podendo “lockar” permanentemente um jogador de Tron, por exemplo, que não terá a mana disponível para conjurar Oblivion Stone ou outra resposta, e nem de estourar Expedition Map para buscar Boseiju, Who Endures.

Quanto mais ganancioso o deck, mais limitador Back to Basics se torna e Blood Moon, além de Magus of the Moon, já fazem um trabalho excelente em atrapalhar bases de mana gananciosas no atual Metagame.

Cabal Therapy

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Cabal Therapy parecia uma opção tão boa que Cabal Therapist foi lançado no primeiro Modern Horizons, cujos resultados foram irrelevantes no Metagame competitivo - abrindo ainda mais o debate de se um dos melhores descartes pontuais do jogo seria forte demais.

Hoje, por conta da interação entre Grief com Not Dead After All ou outros efeitos que o retornam para o campo de batalha, isso transformaria Cabal Therapy em uma bomba gigantesca de valor tão cedo quanto no segundo turno, onde poderíamos reutilizá-lo junto de um Grief em jogo e outro card de reanimação para exaurir os recursos do oponente várias vezes.

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A inserção de Orcish Bowmasters como staple dos decks pretos também coloca Cabal Therapy em um patamar acima dos padrões do Metagame atual, visto a sua capacidade de oferecer um corpo para sacrificar com a mágica e o repor caso o oponente compre um card com Preordain ou outra cantrip.

Price of Progress

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Em tempos passados, já fui um grande defensor de Price of Progress no Modern, mas hoje, creio que sua inclusão no formato seria quase tão limitadora quanto Wasteland dado o quanto ela puniria determinados arquétipos apenas por executarem seu plano de jogo enquanto oferece um fácil acesso a ele através do splash.

No Legacy, jogos tendem a ser mais rápidos e/ou a contagem de terrenos tende a ser mais baixa por conta de Wasteland e da maneira como decks são construídos, mas no Modern, uma partida que se estende contra qualquer deck multicolorido pode transformar Price of Progress em um “botão de free-win” cuja única solução prática são counterspells.

Sylvan Library

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Filtragem de topo no verde e card advantage já não são novidade e até se tornaram marcas registradas dessa cor nos últimos anos. No entanto, Sylvan Library é um pouco forte demais para o Modern, um formato onde Ponder permanece banido.

Sylvan Library também sofre de problemas logísticos muito semelhantes aos de Sensei’s Divining Top, dos quais poderiam fazer partidas durarem muito mais do que deveriam, além de dar uma fonte imensurável de valor ao seu controlador caso este consiga manter sua vida relativamente alta durante o jogo.

10 Cards que poderiam entrar no Modern com MH3

Karakas

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Karakas quase entrou no formato como a promo de Modern Horizons II, mas foi trocada posteriormente por Sanctum Prelate por ser considerada forte demais para o formato - e talvez, ainda seja.

No entanto, o Modern se tornou um formato onde Karakas poderia fazer alguma diferença em alguns arquétipos específicos, fosse para devolver uma Atraxa reanimada do oponente para sua mão, ou para proteger Omnath, Locus of Creation ou Ragavan, Nimble Pilferer de uma remoção, ou responder ao trigger de Undying devolvendo Yawgmoth, Thran Physician para parar o combo, entre uma dúzia de outras opções onde o card faria diferença.

Enquanto outras interações podem e devem ser consideradas, os atuais benefícios em ter Karakas no formato e a sua interação com estratégias como o Golgari Yawgmoth parecem compensar um pouco mais do que as possibilidades de ter uma proteção recorrente para Ragavan, além de ajudar na sobrevivência de alguns hates mais específicos como Lavinia, Azorius Renegade e até na interação com alguns cards que, hoje, sumiram do Metagame, como Aether Vial.

Parallax Wave

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Pseudo-sweeper, remoção ou efeito poderoso de Blink - Parallax Wave pode oferecer um pouco de cada ao Modern enquanto seu valor de mana não parece quebrar a simetria de velocidade aceitável e/ou habilitar combos absurdos que colocariam o Metagame em uma situação perigosa.

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Apesar de interagir absurdamente bem com os já conhecidos efeitos de ETB dos Evokers de Modern Horizons II, e ter uma cópia do encantamento em jogo poderia criar situações onde Solitude ou Grief fazem um estrago nos planos do oponente, quatro manas é um custo relativamente alto para alguns arquétipos e existem concessões relevantes incluir Parallax Wave como uma remoção, além de não podermos usá-lo para criar um looping de ETB/LTB tão impactante.

As listas de Enchantress certamente poderiam se beneficiar ao acelerar seus turnos com Utopia Sprawl e usar Parallax Wave para “lockar” o oponente durante vários turnos, com direito a recursão eficiente de Hall of Heliod’s Generosity para manter o campo de batalha “limpo”.

Standstill

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Há muitos anos, existia um arquétipo no Legacy conhecido como Landstill, onde Standstill era combinado com habilidades ativadas de terrenos e outros cards para criar uma situação onde o oponente era obrigado a conjurar uma mágica e dar ao controlador do encantamento o benefício de comprar três cards.

Com o tempo, essa estratégia foi sendo aprimorada com Planeswalkers até o ponto onde o arquétipo se tornou obsoleto, mas ainda produz resultados ocasionais graças a cards como Stoneforge Mystic e Urza’s Saga.

O Modern, hoje, faz pouco uso de qualquer manland fora da presença recorrente de Urza’s Saga em diversos arquétipos do formato, e nenhum deles é realmente voltado para um tema de Control. Standstill poderia dar razões para novas variantes de decks de Saga ou até para listas de Stoneblade tentarem produzir novos resultados, enquanto sua habilidade desencadeada, hoje, é posta em cheque por cards como Orcish Bowmasters ou Sheoldred, the Apocalypse.

Stifle

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Stifle é um dos pedidos mais controversos de inserção de staples do Legacy no Modern e um dos cards mais debatidos em mídias sociais.

Por um lado, a mágica azul traz um grande problema: a interação com Fetch Lands pode criar situações de “anti-jogo” nos primeiros turnos e o Modern é um formato em que alguns arquétipos requerem maior densidade de mana e podem ficar muito para trás se tomarem um LD no primeiro turno - especialmente se este vier acompanhado de um Ragavan, Nimble Pilferer.

Por outro, o Modern possui tantas habilidades desencadeadas importantes, que demandam melhores respostas ao ponto de transformarem Tishana’s Tidebinder em uma staple do Cascade Rhinos e fazê-la, por conta própria, alavancar a presença do Merfolks no Metagame durante algum tempo - ou seja, a demanda para bons efeitos de Stifle existe e ela precisa ser suprida.

Entre Atraxa, Grand Unifier, Primeval Titan, Cascade, o trigger de Not Dead After All ou Undying, Yawgmoth, entre outros, não faltam situações onde uma interação de custo eficiente faria grande diferença no formato para lidar com determinadas estratégias, e a interação com Fetch Lands e a necessidade do formato de se adaptar a Stifle da mesma maneira que o Legacy precisou se adaptar a Orcish Bowmasters parece ser um pequeno preço a pagar.

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Doomsday

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Doomsday protagoniza um poderoso deck de combo no Legacy que vencer a partida tão cedo quanto no segundo turno por meio de uma combinação de cinco cartas que, eventualmente, levam a conjurar Thassa’s Oracle e vencer a partida.

A maioria da consistência e velocidade do arquétipo, entretanto, está atrelada a pool de cartas do Legacy, com Dark Ritual, Brainstorm, Personal Tutor, Lotus Petal e um excelente pacote de proteção gratuita que inclui Daze e Force of Will, garantindo, assim, que o deck funcione mesmo diante de interação e que ele seja rápido o suficiente para finalizar o jogo antes do oponente encontrar as interações certas e/ou poder jogar por cima dos counterspells.

No Modern, apesar de incluir uma boa parcela do setup de peças que permite ao combo funcionar, sua interação é muito diferente e seus requerimentos de mana são bem mais pesados, forçando-o naturalmente a jogar em uma temática similar ao dos agora quase inexistentes decks de Ad Nauseam, ou estabelecer uma base de combo-control eficiente para assumir os riscos do momento em que pretende finalizar a partida.

As variantes com Shelldock Isle também estão disponíveis no Modern e podem ser utilizadas para criar uma nova base de Doomsday no formato onde, se desvirarmos o terreno, podemos usá-lo para conjurar Thassa’s Oracle, mas essa opção requer mais passos para funcionar.

Muxus, Goblin Grandee

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Muxus, Goblin Grandee fez um impacto no Legacy e também se tornou uma staple do formato Historic quando JumpStart foi lançado no Magic Arena. Hoje, ele permanece como um dos pilares do deck de Goblins, onde, no Legacy, é utilizado junto de outros cards que aceleram a mana para ser conjurado cedo.

A versão de Goblins no Modern hoje ainda é composta por uma base de Aggro-Combo com a interação entre Conspicuous Snoop com Kiki-Jiki, Mirror Breaker e Sling-Gang Lieutenant para causar dano infinito. Muxus pode colaborar com esse plano de jogo, mas pode funcionar também em uma base mais agressiva onde se tira proveito de Skirk Prospector e outros aceleradores de mana para conjurá-lo cedo.

Apesar do seu alto nível de poder, as restrições de tipo e as concessões de deckbuilding, somadas com o baixo nível de poder dos Goblins no Modern, provavelmente serviria apenas como um motivador para experimentar novas listas do arquétipo e como um leve empurrão para colocá-lo no radar do Metagame, mas não seria forte o suficiente para quebrar o formato.

Basking Rootwalla

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Com a confirmação do retorno e Madness como uma das mecânicas de Modern Horizons 3, é possível que Basking Rootwalla se junte a Blazing Rootwalla no Modern para trazer novas maneiras de aproveitar Burning Inquiry, Hollow One e Vengevine no Modern - todos cards cuja presença no formato desapareceu desde o banimento de Faithless Looting.

Hoje, esse arquétipo parece até justo demais para os padrões do Modern, especialmente em um Metagame onde jogadores estão conjurando um 4/3 com dois Thoughtseizes por uma mana e três cards, ou um 4/4 com uma sopa de Keywords no segundo turno, mas tal qual Muxus, a inserção de novos payoffs e possíveis habilitadores dariam bons motivos para jogadores experimentarem novas ideias com a mecânica.

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Terravore

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Terravore é muito mais próximo de um “card divertido” do que uma inserção competitiva para o Modern. Com a abundância de Fetch Lands no formato, e poderia ter interações boas com estratégias de Ponza que, tal qual outros arquétipos, também estiveram em declínio nos últimos anos.

Ao não se proteger por conta própria e nem estar imune a algumas das principais remoções do formato, Terravore seria uma adição saudável, mas pouco prática para os padrões de nível de poder do Modern atual, sendo apenas uma das peças necessárias para tornar da interação com terrenos um ponto importante para um arquétipo pré-estabelecido.

Cards como Life from the Loam com habilidades de Cycling também poderiam criar boas interações com essa criatura, mas Countryside Crusher já realiza interações parecidas e nunca teve espaço no Metagame competitivo.

Pyroblast & Hydroblast

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Pyroblast e Hydroblast são duas staples atemporais do Legacy, onde servem como uma resposta barata e eficiente para uma dúzia de mágicas em um formato predominado por azul.

O Modern atual possui uma dúzia de cards vermelhos e azuis importantes no formato dos quais a inserção de Pyroblast/Hydroblast ajudariam a manter em cheque e até serviriam como resposta universal a uma dúzia de outras ameaças futuras ao Metagame em um cenário onde, hoje, sua inserção parece tão necessária quanto a de Stifle.

O problema, claro, é que um arquétipo que ficou tempo demais no espaço de melhor deck do formato é o mais beneficiado pela inclusão desse ciclo - Izzet Murktide - e apesar de Orcish Bowmasters ainda fazer um trabalho excelente de mantê-lo em cheque, a inclusão de cada vez mais cards nessa combinação de cores pode fazê-lo voltar ao topo rapidamente.

Baleful Strix

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Baleful Strix já foi, um dia, considerada forte ao ponto de ser necessária uma versão específica para Modern Horizons 1 com Ice-fang Coatl, e recentemente ele esteve consolidado como um dos melhores cards do Legacy e staple dos decks de Death’s Shadow.

No entanto, com o lançamento de Orcish Bowmasters em Lord of the Rings, Baleful Strix perdeu seu espaço no Legacy porque passou a gerar um valor negativo, onde crescia a ficha do Bowmasters enquanto recebia, automaticamente, o dano da sua habilidade desencadeada.

Por essa mesma razão, a Strix parece muito mais segura de ser inserida no Modern hoje do que ela era quando o primeiro produto de Horizons saiu, e a menos que Orcish Bowmasters se tornasse tão predominante ao ponto de ser banido do formato.

Conclusão

Isso é tudo por hoje!

Em caso de dúvidas, ou sugestões, fique a vontade para deixar um comentário.

Obrigado pela leitura!