Review de Monopoly – O Jogo Imobiliário Clássico

Imagine um jogo em que a sorte impera, a diversão mais ainda, e some a isso leves toques estratégicos. Pois bem, te apresento Monopoly! No Brasil o Monopoly foi muito difundido com o nome Banco Imobiliário, mas não se engane, é o mesmo jogo, coisas de licença, registros, etc.

A sorte vem por conta dos dados e sua aleatoriedade, o que é bom demais, a diversão se dá por conta de que a cada turno é realmente uma surpresa, e isso diverte e instiga. A estratégia é saber onde investir, aproveitar uma oportunidade ou deixar para depois. Isso é Monopoly!

Há muitas versões e nomes diferentes para Monopoly, mas todos com o mesmo núcleo: compra e venda de propriedades.

Na medida em que surgiram novas versões, algumas novidades nas regras foram inseridas. Um excelente exemplo disso é a valorização e desvalorização de construções a depender do que se constrói nas proximidades, e isso só é permitido pois na versão Monopoly City pode-se construir ao mesmo tempo em apenas parte da propriedade, as construções são outras, enfim, um Monopoly turbinado. Aliás, não sei o motivo de não terem aumentado a faixa etária. É necessário!

Suas versões levam nomes como: Banco Imobiliário (clássico), Monopoly Deal (de cartas), versões temáticas dos Simpsons, Game of Thrones, Bob Sponja, Monopoly Cartão Eletrônico, Monopoly City (a versão que eu mais gosto) e muitas outras mais.

Monopoly é um clássico e tem como mecânicas: colecionar componentes, negociação, eliminação de jogadores, leilão, mercado de ações, rolagem de dados, rolar e mover. Vai de 2 a 6 jogadores com a idade mínima de 8 anos onde o objetivo é ser o último jogador com dinheiro (e que os demais tenham ido à falência), simples assim!

Os designers de Monopoly são Charles Darrow, George S. Parker e Elizabeth Magie. No Brasil ele veio pela Hasbro e pela Estrela.

É um clássico? Eu já disse que sim! Qual o motivo do seu sucesso? Ele diverte, simples assim! A torcida para cair na casa desejada, tentar com os dados fugir de um aluguel indesejado, tentar escapar da prisão, e por aí vai. É um jogo em que brincamos com a sorte com pitadas estratégicas. Essa falta de controle sobre tudo, aliando a sorte e a estratégia, são ingredientes de sucesso que fazem com que Monopoly seja um dos jogos mais procurados e jogados até hoje.

Todos os jogadores iniciam no mesmo local, os dados indicam quem é o primeiro jogador, a sorte já está presente aí, e a expectativa também, pois chegar aos locais em primeiro é sempre importante, mas ser o próximo ou o último também pode permitir pegar oportunidades que os demais lançaram mão. É literalmente um jogo onde seu nível de ansiedade será testado.

Cada local que você parar poderá lhe trazer uma oportunidade de investimento, de gastos ou outra surpresa qualquer, e é exatamente nessa aleatoriedade que Monopoly brilha, pois se você investir em algo, passará o resto do jogo torcendo para que alguém pare em suas propriedades para assim lhe pagar aluguel, e o inverso é verdadeiro, você rezará para não parar na propriedade de um concorrente.

Construir casas sempre é um bom negócio, aumenta suas rendas, mas aí entra a estratégia, só pode construir casas após se tornar proprietário de todos os imóveis da mesma cor. Viu só como não depende só da sorte?!

Outra construção possível são os hotéis, mas só quando você tiver 4 casas em uma propriedade. Olha a estratégia novamente! E com isso, obviamente, quando alguém parar nessas suas construções saberá o valor de um bom aluguel...

Eu realmente acho que Monopoly, nesta sua versão original, está com a faixa indicativa de idade correta, 8+. O jogo além de todos os benefícios que já elenquei é uma excelente oportunidade para os pais ensinarem muitas coisas a seus filhos, e o melhor, brincando! Vamos lá!

Para iniciar o jogo cada jogador deve receber $1.500 nas mais diferentes notas para facilitar a negociação. Permitam seus filhos a serem os banqueiros e controlar todas as etapas de recompensas, bônus, multas, etc. para que eles se adaptem a trabalhar com valores, adição, subtração, ou seja, receber e pagar, dar trocos, trocar notas maiores por menores, enfim, use Monopoly pedagogicamente. Ele será uma excelente ferramenta.

Só se atente para um fator. A qualidade do papel das cédulas de dinheiro de Monopoly é vergonhosa. Fácil de amassar, de criar pontas, e o pior, é fácil de rasgar. Se algum jogador mais alterado manipular sem o devido cuidado, já era a notinha de dinheiro. Ponto negativo para esse componente de Monopoly, poderia ser em um papel melhor e mais resistente.

Também não sou a favor da maquininha de cartão de crédito que vem em uma versão brasileira do Monopoly, o Super Banco Imobiliário, por julgar importante saber manipular dinheiro pelo motivos já elencados. Creio que essa versão com máquina de cartão de crédito pode ser usada mais prá frente, não é o propósito agora, nem para a idade em questão.

Sobre os demais componentes não há o que reclamar, são bons e cumprem sua missão. As cartas são resistentes e inclusive podem ser sleevadas, assim sendo, ponto para o Monopoly. Outro benefício que pode e deve ser explorado é fazer com que seus filhos leiam os nomes dos locais, das cartas de impostos ou de sorte. É uma excelente oportunidade para se explorar a leitura, o conhecimento dos padrões de cores dos locais, e por aí vai. Monopoly pode ser muito bem explorado pedagogicamente. E repito, brincando! Eles nem vão perceber!

Não tenha muita pena de investir, pois se esperar pela melhor oportunidade ou pelo melhor local, você correrá o risco de não “cair” naquele local ou de outro jogador acabar comprando o que você desejava antes que você dê a volta no tabuleiro para tentar comprá-lo. Não titubeie!

Construir é sempre bom, não tenha dó do dinheiro. Melhor construir em poucos locais do que ter pouca renda em vários locais, aí você foca em um local e explora o máximo dele. Tente rapidamente comprar imóveis da mesma cor quando parar neles. Administre bem seu dinheiro, saiba quando, como e onde investir. Por isso Monopoly é tão bom, alia sorte com estratégia e diverte!

O fim do jogo se dá quando todos vão à falência e o único jogador que ainda tem dinheiro torna-se o vencedor. É gestão pura.

Este é Monopoly, um jogo diferente a cada partida. A sorte contribui para isso, e ao mesmo tempo se tem uma pitada de estratégia e gestão na medida em que se têm opções a serem escolhidas a cada local em que você parar. É realmente um jogo divertido! Recomendo Monopoly na sua coleção!